Pastor Malafaia vira réu em ação de improbidade administrativa; entenda

Malafaia, diz a juíza na decisão, "teria se locupletado com o evento, eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a beneficiária direta do ato ímprobo"

Paes, na época prefeito, ao lado do pastor Silas Malafaia, em evento de 2016 — Foto: Alexandre Durão/ G1

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes e o pastor Silas Malafaia viraram réus em ação de improbidade administrativa. Segundo a denúncia, a prefeitura aplicou, sem licitação, R$ 1,6 milhão no evento religioso Marcha Para Jesus, em 2012.

A decisão, de 10 de janeiro e divulgada nesta quinta-feira (24), é da juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio, que recebeu a acusação feita pelo Ministério Público.

São réus:

  • Eduardo Paes, ex-prefeito do Rio;
  • Guilherme Schleder, ex-chefe da Casa Civil;
  • Município do Rio;
  • Conselho dos Ministros Evangélicos do Rio (Comerj);
  • Silas Malafaia, presidente do Comerj.

Na decisão, a magistrada aponta que “há indícios suficientes da participação de cada um dos demandados na prática do ato ímprobo”. Paes, segundo ela, “deveria zelar pelo bom uso do dinheiro público”, assim como o ex-secretário da Casa Civil.

Malafaia, diz a juíza na decisão, “teria se locupletado com o evento, eis que era presidente e representante legal da Comerj, esta a beneficiária direta do ato ímprobo”. “Promovendo seu nome pessoal e a associação, concorreu ainda para o gasto aparentemente irregular do município”.

A Marcha Para Jesus é um evento internacional que mistura fiéis de diversas religiões evangélicas, em festa comandada por trios elétricos que reúne centena de milhares de pessoas.

Silas Malafaia declarou se tratar de uma “perseguição religiosa”, que a verba só foi liberada depois que a programação do evento foi apresentada, que a Marcha Para Jesus foi realizada para promover a paz e que todos os documentos e notas do evento foram apresentados.

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